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Alte e o seu dia de Maio (artigo no jornal «Ecos da Serra»)

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  ALTE E O SEU DIA DE MAIO Da república à democracia   Helder Raimundo, investigador em educação, formação e culturas Na Semana das Artes e Culturas deste ano realizou-se um serão, com o jornal Ecos da Serra , sobre o 1º de maio. Nesse encontro subsistiram algumas dúvidas, sobre a história desse dia ao longo dos anos, que merecem algumas palavras de forma esclarecedora. Pouco tempo após a implantação da república, a 5 de outubro de 1910, a Câmara de Loulé decreta o dia 1 de maio como feriado municipal (edital de 24/11/1910). Essa deliberação abriu caminho à realização de festas cívicas republicanas, quase sempre anuais, com a presença de bandas filarmónicas de Loulé e de Paderne e dos grupos culturais locais que, entretanto, se viriam a constituir na aldeia: Grupo Musical Altense e Grupo Dramático Altense. Em 1912, o jornal local O Aldeão refere-se ao 1º de maio como dia de luta dos trabalhadores, na sequência da ideologia revolucionária da época. Alguns meses depois, uma

3 Poemas publicados

3 POEMAS (Publicados na revista Máquina do Mundo , hoje desativada) A MINHA VARANDA A minha varanda olha o Monte da Piedade, uma bruma diáfana que escurece o verde claro das folhas das árvores que semeiam os socalcos de xistos amarelecidos. As ovelhas, essas balem sobre os últimos pastos ressequidos dos humores do Verão que terminou, levantando sob as suas negras patas, os aromas do tomilho, os cheiros dos polens das abelhas e dos figos maduros. Os melros procuram o fresco da ribeira e esvoaçam entre amendoeiras, oliveiras e canaviais, no leito seco. À noite, os grilos e os ralos sobrepõem o seu canto, ritmado ao barulho dos automóveis, num vulgar destino sobre rodas, acompanhando a aragem fresca sobre as copas das árvores. No céu, as estrelas brilham no azul de Outono, lembrando o caminho que o homem percorreu dentro de si, sobre uma branca folha de papel. SILVES Olho o que resta do rio, ao fundo do vale, correndo entre os c